Normalmente, o uso da palavra “produtividade” está associado à quantidade de serviços realizados, produtos entregues e metas alcançadas. Mas poucas pessoas conhecem um novo conceito relacionado a esse termo: a produtividade tóxica.
A busca pela produtividade é uma meta legítima em qualquer empresa, mas quando essa busca ultrapassa limites saudáveis, pode levar a prejuízos ao bem-estar dos colaboradores e, como consequência, à própria organização. É aí que reside esse fenômeno conhecido como produtividade tóxica.
Nós da Allya explicaremos tudo sobre essa recente concepção que pode trazer muitos malefícios para os colaboradores e empresas. Saiba mais a seguir!
O que é produtividade tóxica?
Para entender melhor o que é produtividade tóxica, explicaremos o que significa cada palavra, segundo o dicionário Priberam.
Produtividade é a qualidade de quem é produtivo, ou seja, quem produz ou cria algo. Já a palavra tóxica se refere ao que é nocivo, causa dano e que prejudica.
Sendo assim, produtividade tóxica se refere à dedicação exaustiva ao trabalho, priorizando apenas a produção e esquecendo da saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Esse esforço exagerado é caracterizado pela obsessão por autoaperfeiçoamento, já que causa o sentimento que a produção nunca é o suficiente.
Nesse ambiente, a pressão constante por altos índices de produção, muitas vezes acompanhada de longas jornadas de trabalho e metas inatingíveis, leva os colaboradores a se sentirem sobrecarregados e exauridos.
A cultura organizacional pode incentivar a competição excessiva e desconsiderar a importância do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, resultando em problemas físicos e emocionais nos colaboradores.
Essa cultura tóxica pode ter origem em diferentes fatores, como a pressão por resultados imediatos, a falta de reconhecimento aos esforços individuais, a inexistência de um sistema de recompensas justas e a ausência de políticas que promovam a saúde mental dos funcionários.
Produtividade tóxica na pandemia
Apesar de já fazer parte dos ambientes corporativos, a produtividade tóxica foi mais evidente durante a pandemia causada pela Covid-19. Afinal, o medo de perder o emprego, a queda nos números de funcionários e mudanças na rotina foram alguns dos fatores desencadeadores da produtividade tóxica.
Além disso, a adaptação ao home office e ao sistema híbrido também causaram maior dificuldade em equilibrar a vida profissional e pessoal.
De acordo com dados divulgados pelo Valor Econômico, 60% dos trabalhadores brasileiros afirmam que tiveram cargas de trabalho mais altas durante 2020 e 2021, em relação aos anos anteriores.
Sinais da produtividade tóxica
Os líderes e gestores dos setores precisam estar ligados aos sinais desse problema que causa sérios danos à saúde dos colaboradores e prejuízos para o negócio, assim como os integrantes do setor de Recursos Humanos. Por isso, é importante estar atento aos seguintes sinais:
- exaustão excessiva;
- não desligar o computador, mesmo quando termina as demandas;
- excesso de culpa em relação ao trabalho ou às pausas;
- checar o celular ou e-mail o tempo toda para verificar se não existe nova mensagem do chefe;
- troca de atividades de lazer por tarefas de trabalho;
- dificuldade em dormir;
- excesso de horas extras ou jornadas mais longas;
- não se interessar por assuntos que não estejam relacionados ao trabalho;
- o funcionário trabalha mesmo durante o horário de almoço;
- pula refeições para trabalhar;
- entre outros.
Quais os malefícios da produtividade tóxica?
Sem dúvidas, a produtividade tóxica precisa ser vista como um mal da sociedade atual. Veja a seguir os principais malefícios para os funcionários e empresas.
Para os profissionais
A produtividade excessiva causa danos aos trabalhadores, como:
- síndrome de Burnout;
- depressão;
- irritação;
- dificuldade de concentração;
- ansiedade;
- mudanças constantes de humor;
- falhas de memória;
- entre outros problemas de saúde.
Para as empresas
Esse problema atual gera prejuízos para as instituições, como absenteísmo (faltas no trabalho), aumento do número de pedidos de afastamentos, crescimento da taxa de turnover, desperdício financeiro e de tempo com novas contratações, entre outros problemas.
Como evitar a produtividade excessiva?
O RH pode ser um ótimo aliado na luta contra a produtividade tóxica. Veja o que pode ser feito para evitar problemas aos funcionários e empresas:
- intensificar a comunicação transparente sobre a situação da empresa, os objetivos e decisões tomadas;
- pedir aos líderes que promovam alinhamentos constantes com a equipe;
- criar e fortalecer a cultura da empresa;
- medir e melhorar o clima organizacional;
- verificar a possibilidade de home office ou sistema híbrido;
- estabelecer limites de horas extras;
- oferecer benefícios corporativos que ajudam a promover o bem-estar, como a plataforma da Allya que oferece descontos em terapia online (bem-estar mental), academia (bem-estar físico), cinema (bem-estar social), entre outros, gerando economia no salário.
Portanto, a produtividade é um objetivo legítimo nas empresas, mas quando busca desmedida por resultados se torna tóxica, pode afetar negativamente a saúde e o desempenho dos colaboradores, bem como a reputação e a lucratividade da organização.
Por isso, é imprescindível que profissionais de RH e administradores estejam atentos aos sinais de produtividade tóxica e adotem medidas para promover uma cultura saudável e equilibrada, onde o bem-estar dos colaboradores seja prioridade.
Uma cultura que valoriza o desenvolvimento e a qualidade do trabalho, aliada a uma liderança engajada em criar um ambiente de respeito e apoio, contribuirá para uma empresa mais produtiva, sustentável e bem-sucedida a longo prazo.
Fique alerta aos sinais da produtividade tóxica dos seus colaboradores e promova o bem-estar. Para isso, indique a Allya para o RH da sua empresa! Aproveite e assine a nossa newsletter para ler mais conteúdos como esse.
