Saúde do homem: iniciativas do RH que promovem bem-estar

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens vivem em média 7,1 anos a menos que mulheres no Brasil. Esse cenário revela que a saúde do homem se deteriora silenciosamente nos ambientes corporativos, onde a cultura de “aguentar firme” e adiar consultas médicas permanece naturalizada. 

Nesse contexto, desenvolver programas de benefícios direcionados à saúde masculina deixou de ser diferencial e tornou-se necessidade estratégica. 

A saúde do homem no contexto corporativo

Uma pesquisa realizada pela Ipsos–Ipec, indicou que 49% das mulheres relatam ir ao médico para fazer um check-up ao menos uma vez por ano, sem apresentar sintomas, enquanto entre os homens apenas 39% relatam esse comportamento; a maioria deles só procura atendimento quando já sente sintomas incômodos

Essa postura impacta diretamente os negócios: diagnósticos tardios levam a afastamentos do trabalho prolongados, aposentadorias precoces e queda abrupta de produtividade.

Além disso, questões relacionadas ao estresse ocupacional, sedentarismo, alimentação inadequada e pressão por resultados também afetam a saúde masculina. Doenças cardiovasculares, hipertensão e transtornos mentais aparecem com frequência crescente entre trabalhadores do sexo masculino.

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Por que os homens resistem tanto aos cuidados preventivos?

A masculinidade tóxica ainda permeia ambientes corporativos de forma sutil, mas devastadora. Para muitos homens buscar assistência médica é associar a “demonstração de fragilidade”. Essa construção social, reforçada desde a infância, cria resistências psicológicas profundas. Entenda os motivos:

Pressão corporativa e medo de julgamento

No contexto profissional, a pressão por produtividade intensifica o problema. Os colaboradores relatam temer que as ausências para consultas sejam interpretadas como falta de comprometimento

A competitividade exacerbada em determinados setores transforma qualquer sinal de vulnerabilidade em suposta desvantagem na corrida por promoções.

Barreiras geracionais e culturais

Também há fatores geracionais. Homens acima de 45 anos cresceram em épocas onde discussões sobre saúde mental eram praticamente inexistentes. Desconstruir décadas de condicionamento exige estratégias sensíveis e persistentes por parte das organizações.

Falta de educação sobre sinais de alerta

O desconhecimento sobre sintomas precoces agrava o quadro. Muitos homens não reconhecem sinais de alerta para doenças cardiovasculares, distúrbios metabólicos ou transtornos mentais

Dificuldades financeiras e burocráticas

Custos elevados com consultas particulares e filas intermináveis no sistema público funcionam como barreiras concretas. 

Mesmo quando planos de saúde corporativos existem, processos burocráticos para agendamentos ou autorizações desestimulam colaboradores já resistentes. A falta de horários flexíveis obriga escolhas difíceis entre trabalho e autocuidado.

Ausência de informação acessível e direcionada

Materiais de saúde corporativa raramente consideram linguagem e formatos adequados ao público masculino. Homens respondem melhor a comunicações diretas, visuais práticas e exemplos concretos de consequências. 

Conteúdos excessivamente técnicos ou infantilizados afastam em vez de engajar, perpetuando o distanciamento dos cuidados preventivos.

O Novembro Azul e como o RH pode ajudar

A campanha Novembro Azul, voltada à prevenção do câncer de próstata e a aspectos da saúde do homem como um todo, oferece ao setor de Recursos Humanos uma oportunidade valiosa de implementar ações concretas que ultrapassem campanhas pontuais. Saiba quais são elas:

1. Parcerias estratégicas com clínicas e laboratórios

O RH pode estruturar iniciativas durante todo o ano, utilizando novembro como marco de lançamento ou intensificação. Parcerias com clínicas especializadas para exames periódicos e preventivos quebram barreiras financeiras e de acesso que impedem muitos colaboradores de buscarem diagnósticos.

Homem feliz, pois sua empresa se preocura com o bem-estar do funcionário de sua empresa.

Negociar pacotes de check-up masculino com desconto demonstra compromisso real da empresa. Disponibilizar unidades móveis de atendimento dentro da própria organização elimina desculpas relacionadas a deslocamento e tempo.

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2. Educação que quebra tabus e transforma cultura

Palestras com urologistas, nutricionistas e psicólogos desmistificam tabus e incentivam o autocuidado. A criação de espaços seguros para discussão sobre vulnerabilidades masculinas transforma a cultura organizacional, mostrando que se cuidar é atitude de força, não fraqueza.

Rodas de conversa exclusivas para homens, mediadas por profissionais especializados, permitem abertura maior que eventos mistos. Depoimentos de colaboradores que enfrentaram problemas de saúde e venceram inspiram mudanças comportamentais significativas.

3. Flexibilidade que remove obstáculos práticos

Disponibilizar horários flexíveis para consultas médicas sem necessidade de justificativas extensas facilita o acesso à assistência. Muitos homens evitam ausentar-se do trabalho por receio de julgamentos, perpetuando o ciclo de negligência com a própria saúde.

Políticas claras que garantem ausências remuneradas para exames preventivos comunicam prioridades organizacionais. Permitir entrada tardia ou saída antecipada em dias de consulta, sem burocracia, normaliza o cuidado como parte da rotina profissional.

4. Comunicação interna direcionada e eficaz

Utilizar canais diversos como e-mails, murais digitais, grupos de mensagens e conversas individuais com gestores amplia o alcance das mensagens.

Criar materiais específicos por faixa etária reconhece necessidades distintas: jovens profissionais precisam de orientações sobre prevenção, enquanto colaboradores maduros demandam informações sobre rastreamento de doenças crônicas.

5. Incentivos e gamificação para engajamento contínuo

Programas de pontuação para colaboradores que realizam exames preventivos transformam saúde em meta coletiva. Recompensas tangíveis como folgas adicionais, vouchers ou reconhecimento público motivam participação ativa.

Desafios corporativos relacionados a hábitos saudáveis (passos diários, hidratação, meditação) criam competições amigáveis que mantêm foco na saúde ao longo do ano inteiro, não apenas em novembro.

6. Cuidar do corpo e da mente

Benefícios voltados à saúde do homem devem integrar bem-estar físico e emocional. Parcerias com academias ajudam a combater o sedentarismo, fator de risco para diversas patologias crônicas.

Oferecer acompanhamento nutricional personalizado auxilia na prevenção de obesidade, diabetes e problemas cardíacos. Check-ups anuais completos, incluindo exames específicos para a faixa etária masculina, identificam alterações antes que se tornem graves.

A dimensão mental merece atenção equivalente. Portanto, disponibilizar sessões de terapia confidenciais, programas de gerenciamento de estresse e treinamentos sobre inteligência emocional normaliza o cuidado psicológico.

Soluções como a Allya, benefício corporativo que reúne descontos voltados ao bem-estar físico, mental e financeiro dos colaboradores, podem facilitar o acesso a academias, terapias e serviços de saúde preventiva. Esse tipo de parceria amplia o alcance das ações do RH e incentiva o autocuidado contínuo.

Quais resultados esperar desses investimentos?

Empresas que investem na saúde do homem podem observar redução de absenteísmo, aumento de produtividade e melhoria no clima organizacional. Colaboradores sentem-se valorizados quando a organização investe genuinamente em seu bem-estar.

Os benefícios financeiros incluem diminuição de custos com planos de saúde a longo prazo, menor rotatividade e fortalecimento da marca empregadora. Organizações reconhecidas por cuidarem integralmente de suas equipes atraem talentos qualificados mais facilmente.

Transformações culturais são igualmente significativas. Ambientes que promovem conversas abertas sobre vulnerabilidades masculinas contribuem para sociedades mais equilibradas, onde homens aprendem que buscar ajuda é demonstração de sabedoria e responsabilidade.

Estruture benefícios que realmente façam diferença na vida dos seus colaboradores. Implemente ações concretas, mensure resultados e construa uma cultura de cuidado genuíno.

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Amanda Miquelino
Amanda Miquelino
Jornalista, apaixonada pelo SEO e pelo Marketing Digital. Estou desvendando o mundo do RH para encontrar os melhores benefícios corporativos que promovam o bem-estar aos colaboradores.

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